quarta-feira, 10 de agosto de 2011

ACLA - ACADEMIA CEARAMIRIENSE DE LETRAS E ARTES













IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CONSEIÇÃO

Menos chá, mais ação. A Academia de Letras e Artes de Ceará-Mirim, criada em outubro do ano passado, deseja reverter a imagem algo morosa e pedante que se faz deste tipo de instituição acadêmica, promovendo uma série de ações que elevem cultural, social e economicamente a região. O pontapé será dado nesta quarta-feira, às 19h, ocasião em que a academia fará instalação e posse de diretoria e sócio-fundadores, na Estação Cultural Roberto Varela


CENTRO DE CULTURA "ROBERTO PEREIRA VARELA"

A academia surge e se mobiliza num momento em que Ceará-Mirim passa por uma grande crise econômica e social. "Passamos mais de 200 anos como uma monocultura dedicada à cana-de-açúcar, e nada mais. Essa acomodação veio cobrar seu preço. Ceará-Mirim virou uma cidade dormitório", explicam Pedro Simões, fundador da academia, e Ciro José Tavares, articulador de projetos. A saída, segundo os acadêmicos, está na exploração de um elemento que sempre esteve enraizado na história da cidade, mas pouco explorado: a produção cultural.













CENTRO CULTURAL ROBERTO PEREIRA VARELA

"Ceará-Mirim é um dos maiores pólos culturais do estado. A própria autoestima da população está diretamente ligada a isso. Mas não havia um trabalho para tornar esse fato a nosso favor", explica Pedro Simões. Os acadêmicos viram que o momento de oficialização da instituição poderia servir como forma de suporte para combater a crise. "A gente não poderia desperdiçar a criação da academia com chás, conversas e vaidades. Resolvemos inovar e aproveitar a força intelectual da cidade para promover melhorias práticas", afirma Ciro Tavares. Antes mesmo da instalação da academia, algumas medidas já tinham sido elaboradas pelo grupo, adianta Pedro Simões.













CENTRO CULTURAL ROBERTO PEREIRA VARELA

O projeto principal diz respeito ao incremento do turismo cultural. "Ceará-Mirim tem engenhos, casarões imperiais, belezas naturais. Temos o maior entalhador em madeira do estado, o Mestre Santana. É o tipo de coisa que deve ser admirada o ano todo, não apenas no São João", afirma. Os acadêmicos foram convidados para coordenar a parte cultural da festa da padroeira, Nossa Senhora da Conceição, dez dias de festa que terão um formato inovador. Em setembro, a academia levará para Natal uma mostra coletiva com o que há de melhor nas artes plásticas cearamirinenses.