domingo, 27 de julho de 2008

Tribuna do Norte 27/07/2008

Natal/RN, Domingo, 27 de Julho de 2008 • Atualizado 27/07 às 09h14 • 80132 notícias • 5159 anúncios


Colunas

Jota Oliveira
Por Jota Oliveira Esta coluna é atualizada diariamente

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Com coquetel próximo dia 07 de agosto, Ormuz Barbalho Simonetti pilota noite de autógrafos do seu livro “Genealogia dos Troncos Familiares de Goianinha-RN”. O Boulevard Recepções será o palco da noite, que começará às 19h.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

TOINHO SILVEIRA - 25.07.2008


Edição Número 0682 - Ano II - Natal e Mossoró, Sexta-feira, 25 de Julho de 2008.
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Toinho Silveira
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Lançamento: O amigo Ormuz Barbalho Simonetti está com tudo pronta para lanças as 604 páginas do seu livro: "Genealogia dos Troncos Familiares de Goianinha/RN, no Boulevard Recepções dia 07 de agosto. O autor mostrará os descendentes de várias famílias que fizeram história na cidade agresteira. A obra tem prefácio de Diógenes da Cunha Lima. Mais detalhes? Acesse: http://ormuzsimonetti.blogspot.com

terça-feira, 22 de julho de 2008

TOINHO SILVEIRA - 17.07.2008

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Árvore Genealógica17 de Julho de 2008 @ 08:25 por Toinho Silveira
Com 604 páginas, sendo 50 delas coloridas, Ormuz Barbalho Simonetti escolheu o Boulevard Recepções para lançar seu livro: “Genealogia dos Troncos Familiares de Goianinha/RN”. O autor mostrará os descendentes de várias famílias que fizeram história na cidade agresteira. Tudo será no dia sete de agosto. A obra tem prefácio de Diógenes da Cunha Lima. Mais detalhes? Acesse: http://ormuzsimonetti.blogspot.com

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POR QUE ESCREVI A GENEALOGIA?

O Início


“Outrora havia orgulho em fazer-se viver a vida dos dias idos, mas presentemente sente-se o pudor, respeito, timidez, acanhamento, em recordar o que desapareceu”

(Luís da Câmara Cascudo)

Foi, por assim dizer, quase por acaso.
Nos finais de semana, na Praia da Pipa, assuntando relembranças com meu primo David Simonetti Barbalho, quase sempre falávamos sobre antigas fotos de família. Dizíamos que coisas de preciosa memória poderiam se perder pelo simples descuido com as ditas “velharias”. Até que pensamos em um jeito de conservá-las, gravando-as em CD, para que pudéssemos, posteriormente, compartilhá-las com parentes e afins interessados nesse resgate.
Das histórias vividas por finados parentes, as quais meu tio Paulo Barbalho muito lembrava. E sempre, junto a amigos e sobrinhos, nos veraneios na praia de Pipa ou nos serões na fazenda Bem Fica, gostava de contá-las, entre boas gargalhadas. Outro primo, Luiz Grillo, exímio contador de “anedotas”, também sabia de muitos “causos” hilários passados com tios e bisavós. Além disso, ambos sempre estavam prontos a destrinchar parentescos, esclarecendo quem era tataravô ou sobrinho-bisneto de alguém. Mas esses dois personagens também já se foram... E assim víamos, a cada ano, perigando ficar mais pobre a nossa memória familiar.
Então me perguntava: – e as fotos?... Aquelas velhas “photografias”, tantas vezes faladas de cuja intenção de copiá-las sempre ficava na conversa de momento. Depois do bate-papo, tudo esquecido, até que noutro encontro, lá estávamos nós refazendo os mesmos planos...
Diante disso, percebi a necessidade de tomar alguma atitude mais efetiva, além dos passageiros bons propósitos. Algo devia acontecer, para que tais relíquias não mais permanecessem em velhos álbuns deixados nos armários ou mesmo esquecidas em baús nos quartos-de-despejo. Verdadeiras preciosidades que fazem parte daqueles guardados os quais nunca temos tempo para examinar e que ficam apenas esperando um momento de insensível displicência para serem descartados.
Lembro-me bem de tia Isaura – Isaura Barbalho Simonetti – que na sua incomparável bondade e desprendimento, sem se dar conta de sua atitude, franqueava aos pequenos sobrinhos e netos, quando estavam em sua casa, duas caixas de sapatos cheias de antigas fotos de família. Estas fotos serviam de brinquedo para as crianças. Eram manipuladas, riscadas, recortadas e retornavam às caixas, quase sempre, em menor quantidade.
Neste trabalho, pretendia propiciar a toda parentela franco acesso ao material fotográfico que às vezes somente alguém possuía, mas que seria também muito interessante para alguns outros. Com isso, além da gostosa partilha de saudades, ocorreria uma redistribuição de memórias; pois, nessas fotografias, além das histórias pessoais, cada um guardava um pouco da história de nossa família. Ao mesmo tempo, solicitava a colaboração no sentido de me emprestarem suas velhas fotos, para que fossem devidamente copiadas. Escutava, algumas vezes, quando da devolução do material: – Meu Deus! Se você não tivesse me pedido estes retratos, acho que morreria sem vê-los novamente.
As fotos que começaram a me chegar às mãos eram por demais interessantes, pois retratavam diversas épocas e fases de vida, nossos antepassados e seus familiares. Tratava-se de instantâneos do cotidiano, das horas solenes ou ocasiões festivas de toda aquela nossa gente, dos mais ilustres aos menos lembrados, nos ontens e anteontens da velha Goianinha. Além disso, algumas dessas fotos, pelas pessoas, lugares ou eventos mostrados, apresentam valor documental, pois também registram aspectos da história do município.
Tudo isso restava disperso, desorganizado, por vezes, quase descuidado. Juntá-las então, seria o grande desafio. Eu sabia das dificuldades a enfrentar na “garimpagem” desse material. Mas não me deixei abater diante dos primeiros impasses. O lema da tarefa seria “insistir sempre!”. E assim foi feito. Iniciei com as fotos que Dona Cirene, minha mãe, guardava em casa, numa bolsa tão velha que certamente seria bem mais antiga que as fotos nela contidas. Em seguida, fui falando deste projeto aos parentes mais próximos.
Quando já contava meio milhar de fotos, comecei a perceber melhor a grandeza daquela tarefa e a riqueza do seu inusitado potencial. Além disso, ao observá-las cuidadosamente, viajava para um tempo não vivido, muitas vezes era como se tentasse, em pensamento, transportar-me para a época retratada. Vinha então uma grata sensação, ao me imaginar convivendo com aquelas pessoas ou antevendo-as diante dos costumes e novidades de hoje. E procurava detalhar informações sobre aquelas figuras que mais impressão me causavam; por vezes, encontrando certa dificuldade em situar o grau de parentesco com algum desses antecessores. Foi então que me ocorreu fazer algo mais do que simplesmente juntar esse material. Poderia também classificá-lo e tentar construir a genealogia dos troncos que originaram as famílias de Goianinha.
Consciente do que me esperava, mas ainda sem exata noção do que enfrentaria, fui à luta. Iniciei pela minha própria unidade familiar, com o Dr. Arnaldo Barbalho Simonetti, casado em primeiras núpcias com sua prima legítima Inaldy Barbalho, filha mais velha de seu tio Odilon Barbalho, e gerando o único filho desta, Dante Barbalho Simonetti – que, por sua vez, desposou uma prima, Azelma Barbalho. Com o falecimento da primeira esposa, Dr. Arnaldo casou-se com sua cunhada mais nova, Cirene Barbalho; tiveram filhos e foram exemplo de casal feliz durante todo tempo em que ele viveu. Portanto, Dante Simonetti, além de meio-irmão, é também primo-irmão de Sônia, Marcelo, Arnaldo Filho, Simone e eu, que somos filhos de sua tia e madrasta Cirene. Dessa forma ­­– como quase tem se tornado regra nas antigas pequenas comunidades – pode-se exemplificar de como algumas famílias goianinhenses passaram por situações endogâmicas. Neste caso, com respeito às famílias Barbalho e Simonetti; fenômeno que dificultou e confundiu o levantamento genealógico.
Em contraponto a esta situação, outro fato dificultou o levantamento genealógico das pessoas nascidas antes do século XX. Porque somente a partir de 1916, com a introdução do Código Civil, é que se estabeleceram regras para transmissão dos sobrenomes.
É difícil descrever a emoção que sentia nos instantes quando, entre os vários nomes pesquisados nas páginas amareladas de velhos escritos, descobria laços familiares com pessoas que até então nem imaginava existir. Ou mesmo quando escutava, pela primeira vez, a voz daquele parente que, localizado a grande distância, também se emocionava com a nossa descoberta. Foi o que aconteceu ao falar pela primeira vez com a Sra. Azenati, filha de Maria Simonetti e neta de Maria dos Anjos – pessoa que manteve um relacionamento com meu avô Benjamin Simonetti, então solteiro, e que deixou uma bonita família em Santos/SP, para onde partira ainda jovem. Fato esse, totalmente desconhecido pela nossa família, mas felizmente descoberto através dessa incansável pesquisa genealógica.
É de grande valia na formação de um cidadão, o conhecimento de suas raízes, através de seus antepassados. De quem descendemos? A quem debitar certo traço físico ou dom intelectual? Quais eram seus meios de vida? Que fato marcante ocorreu com esse ou aquele indivíduo? Como se comportaram diante de determinadas situações? O que nos deixaram na forma de ditos ou refrões familiares? Que cargos importantes ocuparam durante suas vidas? Que contribuições deram ao nosso Estado ou País? Que exemplos legaram aos seus descendentes?... Foram perguntas como estas que me estimularam a buscar respostas. Através desse trabalho, para trazer à luz todos esses registros passíveis de serem descritos, além de outros fatos relevantes que relatarei num segundo momento.
O trabalho de levantamento genealógico envolve muita pesquisa e, principalmente, requer grande dose de paciência e determinação. As dificuldades de coletar informações das pessoas que as detêm, infelizmente, estavam sempre presentes. Ao longo desse período de trabalho exaustivo e quase cotidiano, tive a felicidade de encontrar pessoas que se desdobraram para oferecer o melhor dos seus conhecimentos – graças a Deus, foram maioria, diante da triste indiferença de alguns poucos. A esses colaboradores, pela gentil sensibilidade, todo meu apreço, respeito e eterna gratidão.
Erros ou lacunas, certamente, podem existir. Porém, procurei por válidas maneiras, minimizá-los ao máximo, usando para isso todos os recursos disponíveis. Mas, um trabalho dessa monta que dependeu na maioria das vezes de informações verbais ditadas de memória, a possibilidade de erro sempre existirá, principalmente, quando se trata de listar mais de doze mil almas... Se por acaso algum indivíduo deixou de aparecer neste trabalho, foi porque não deparei com dados concretos de sua existência. Estou, portanto, aberto a discutir qualquer correção ou sugestão, no sentido de reparar alguma falha ou omissão eventualmente detectada.
Espero haver contribuído de alguma maneira para que essas pessoas não sejam totalmente esquecidas pelos seus descendentes, e que tal memória seja sempre mantida e louvada.
No instante em que publico este trabalho, sinto que cumpri a nobre missão de informar. Além de “imobilizar para o futuro nomes familiares que o olvido, inevitavelmente, guardaria para sempre”.

O Autor

sexta-feira, 18 de julho de 2008

O JORNAL DE HOJE - 18.07.2008

Diversão e ArteInternacional-->18/07/2008
Genealogia de Goianinha
Foto: Divulgação
Escritor Ormuz Barbalho Simonetti
O escritor Ormuz Barbalho Simonetti registra em seu livro os troncos familiares do municipio de Goianinha
Procurar a reconstrução de um passado, para conseguir salvar a memória histórica de uma comunidade. O escritor Ormuz Barbalho Simonetti, há três anos iniciou o levantamento de dados para a elaboração do livro "Genealogia - Dos Troncos familiares de Goianinha". "Foi um trabalho de difícil e complicada elaboração, mas de grande satisfação quando, finalmente, começaram a aparecer os primeiros resultados, como: ordenação de nomes, ligações pacientes e determinadas, para o salvamento de dados contidos em velhos manuscritos, documentos oficiais ou informações orais", lembra o autor. Segundo Ormuz, "No final de 2005, já contava com 800 fotos e muitas dificuldades para identificar as pessoas que estavam nas fotos, a idéia do livro inicialmente era apenas um registro fotográfico de 1928 até os dias de hoje. Mas, a curiosidade de descobrir todos que estavam presentes nas fotografias me levaram a realizar a Genealogia de Goianinha".O escritor destaca que além da importância história, essa iniciativa é uma oportunidade de homenagear os cidadãos goianinhenses que em vida tudo fizeram para levar bem longe o nome de sua cidade e que me ajudaram nessa caminhada fornecendo fotos e informações."Ao longo desse trabalho, aconteceram fatos curiosos, pessoas descobrindo suas origens em Goianinha, amigos de longas datas descobrindo que na realidade eram parentes, até, pessoas descobrindo fotografias que ninca tinha visto antes dentro de sua própria casa (muitas delas herdadas de parentes que já não estão entre nós)", lembra Ormuz.A detalhada pesquisa foi realizada através de velhos livros existentes no Arquivo da Cúria Metropolitana, na Biblioteca Pública Câmara Cascudo, na Biblioteca particular do jornalista Vicente Serejo e no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte; percorrendo, também, as igrejas e os cemitérios de Goianinha, Canguaretama, Vila Flor, Barra do Cunhaú, além da Igreja dos Mórmons (grandes especialistas na arte de levantamentos genealógicos) e o mais importante, escutou mais de duas mil pessoas, que constitui a memória viva dos familiares de seus conterrâneos.O município de Goianinha teve seu auge com a produção açucareira, isso ainda nos idos dos 1600. E, ainda hoje, apesar da perdida hegemonia dos engenhos, ainda permanece seu legado histórico, cultural e etnológico. O escritor começouo levantamento de dados pelo casal Diogo Revoredo/ Ignácia Carneiro, e construiu os troncos familiares das oitos principais famílias goianienses: Revoredo, Grillo, Barbalho, Simonetti, Villa, Fagundes, Marinho, Lisboa.Com uma formatação minuciosa que permitiu um resultado exato da pesquisa que conseguiu constatar todos os troncos familiares daquele município, as descendências e ramificações, no Brasil e no exterior. "Consegui colocar nesse livro nomes de 12 mil pessoas, encontrei uma ramificação da família Barbalho em Belém do Pará, com 800 pessoas, uma delas é o ator global Lúcio de Barros Barbalho (Lúcio Mauro) que deverá estar presente na festa de lançamento do livro. Falamos longamente por telefone onde ele fez questão de lembrar da última vez que esteve em Goianinha. Aproveitei para convidá-lo para a festa de lançamento. Ele ficou agradecido pelo convite e disse que mesmo estando com uma peça de teatro em cartaz no Rio "Lúcio Mauro 80-30", virá dar um abraço em todos os parentes do Rio Grande do Norte e os que virão de Belém para a festa", afirma Ozmur.Na caminhada de elaboração desse livro o autor teve muitas alegrias como a honra de ter o prefácio assinado por Diógenes da Cunha Lima, Presidente da Academia Norte Riograndense de Letras e seis posfácios, que são dos amigos: Francisco Fernandes Marinho (escritor),Bartolomeu Correia de Melo ( escritor), Eider Furtado (advogado), Anna Maria Cascudo Barreto ( escritora e acadêmica), Enélio Lima Petrovich (Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do RN) e Vicente Serejo (jornalista).O lançamento do livro "Genealogia dos Troncos Familiares de Goianinha/RN, será no dia 7 de agosto, no Boulevard e a entrada é franca. Nessa noite haverá a apresentação do Coral dos meninos carentes de Goianinha/RN juntamente com a orquestra de cordas. "Tenho certeza que será uma noite inesquecível, porque além de ser um lançamento de um livro, será uma grande encontro familiar e a oportunidade de conhecer muitos parentes inclusive pessoas de nosso relacionamento que de repente nunca se imáginou em possuir laços familiáres", diz o escritor.
Repórter: Redação

INAUGURAÇÃO DA CASA DA CULTURA EM GOIANINHA


quinta-feira, 17 de julho de 2008

GENEALOGIA DOS TRONCOS FAMILIÁERES DE GOIANINHA-RN

Do Livro e seu Autor

Dr. Arnaldo Barbalho Simonetti, deputado estadual, viúvo de Inaldi Barbalho Simonetti, sua prima legítima, casou em segundas núpcias com sua cunhada, Cirene Barbalho Simonetti, irmã mais nova da primeira esposa. Portanto, além de meio-irmãos, os filhos desses dois casamentos são primos entre si. O autor deste livro, nascido do segundo matrimônio, sempre achou curiosas tais intricadas relações de parentesco, comuns entre famílias da aristocracia canavieira potiguar. Essa instigante constatação, aliada ao apetite intelectual que a função de bancário não saciava, levou-o a destrinchar e registrar as raízes e ramificações dos troncos familiares de Goianinha, berço dos seus pais.
O presente livro resulta de estudos iniciados a partir do seu próprio núcleo familiar. Incentivado e auxiliado por alguns amigos e parentes, com muito método e pouca pretensão, começou construindo árvores genealógicas. A escassez de documentação e a freqüente ocorrência de endogamia entre as famílias pesquisadas – principais dificuldades – foram se transformando em motivação, à medida que o trabalho evoluía. Tanto que, tais anotações findaram se tornando, segundo entendidos, num dos mais completos levantamentos genealógicos – em torno de doze mil almas mapeadas – já efetuados no Rio Grande do Norte.
Ao estudar os sobrenomes Fagundes e Marinho, o autor não limitou a descrição somente a partir das junções - algo tardias - desses com a árvore dos Barbalhos. Essas duas famílias, embora não constituam propriamente troncos de Goianinha, pela relevância histórica, foram pesquisadas até suas origens em Portugal. Assim, por comporem vasto e significativo material genealógico paralelo, serão publicadas posteriormente, na íntegra e em separado: Genealogia da Família Fagundes e Genealogia da Família Marinho

Ormuz Barbalho Simonetti, nascido em São José de Mipibú-RN (06/12/1950), foi criado e educado entre Natal e Goianinha. Cursou Cooperativismo na UFRN, aposentou-se pelo Banco do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Natal e Ceará-Mirim) e hoje exerce cargo de assessoria (chefe da UIFP) no governo estadual. É casado com Geíza Galvão Barbalho Simonetti, pai de Milena, Thiago e Priscilla. E ainda, seguindo a genealogia, avô de Arthur.

Do Editor.

sábado, 12 de julho de 2008

LÚCIO MAURO VAI MARCAR PRESENÇA

Lúcio de Barros Barbalho (Lúcio Mauro) deverá estar presente na festa de lançamento do livro. Falamos longamente por telefone onde ele fez questão de lembrar da última vez que esteve em Goianinha. Aproveitei para convidá-lo para a festa de lançamento. Ele ficou agradecido pelo convite e disse que mesmo estando com uma peça de teatro em cartaz no Rio “Lúcio Mauro 80-30”, virá dar um abraço em todos os parentes do Rio Grande e os que virão de Belém para a festa.

Fernando Pesoa

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá a falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrarum oásis no recôndito da sua alma . É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um 'não'. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

sexta-feira, 11 de julho de 2008

PROCURO DESCENDENTES DA FAMÍLIA GRILLO EM BANANEIRAS-PB

Procuro informações dos irmãos: PADRE José Paulino de Borba Grillo (estudou no Seminário de Olinda Pe onde se ordenou em 1844). Esteve nas Paróquias de Nova Cruz RN e Vila Flor RN. Deputado provincial do Rio Grande do Norte no biênio 1848/1849, e fixaram-se em Bananeiras -Paraíba, e seu irmão Francisco de Paula Grillo. Este se casou (não identificamos a esposa) em Bananeiras - Pb sendo o responsável pela descendência da família Grilo naquela região. São filhos do casal Manoel Joaquim Grillo e Anna Francisca. Manoel Joaquim Grillo foi o único filho do imigrante lusitano IGNÁCIO ANTONIO DE MEIROZ GRILLO nascido em 1758 em Portugal e falecido em 17 de janeiro de 1793 na cidade de Goianinha-rn. Foi casado com Leonarda Lourenço Freire do Revoredo, segunda filha do capitão-mor Bento Freire do Revoredo e Mônica da Rocha Bezerra. Se alguém detiver alguma informação sobre as pessoas mencionadas, favor mandar mensagem no blog ou para os e-mails ormuzsimonetti@yahoo.com.br ou ormuzsimonetti@gmail.com
Telefone para contato - 84-99623185

HOMENAGEM

H O M E N A G E M

Presto, nesta oportunidade, justa homenagem aos cidadãos que em vida tudo fizeram para levar bem longe o nome de sua cidade. Homenageio, também, aos “pouco lembrados” cidadãos goianinhenses, ou que tomaram Goianinha por sua terra natal, que tanto amaram e se dedicaram à sua terra e sua gente.

Joaquim Manoel de Meiroz Grillo (1892/1956) – grande referência do saber jurídico, poeta e tribuno.
Paulo Nível Barbalho (1932/1999) – deputado no RN e líder político em seu município; muito conceituado em todo o agreste potiguar.
Valdenício Barbalho (Dr. Barbalho) (1921/1999) – pecuarista, advogado, vereador por quatro mandatos consecutivos e deputado em Paranavaí-PR, onde exercia grande liderança política na cidade que viu nascer, ajudou a construir, aprendeu a amar e permaneceu até os últimos dias da sua existência.
Rubens de Andrade Lisboa (1947/2007) – médico, pecuarista, professor universitário e prefeito de Goianinha-RN.
Luiz de Araújo Lima (1913/2005) – prefeito de Goianinha. Prestou relevantes serviços na área de saúde nas comunidades carentes com a sistemática distribuição de remédios à população pobre.
Pedro Cícero de Leiros – prático em medicina curativa, com relevantes serviços prestados à comunidade na área de saúde.
Maria Barbosa de Oliveira (Maria Flor ou Mãe Grande) (1871/1962) e Antônia Maria da Conceição (Totônia) (1890/1969) – parteiras dedicadas e respeitadas na sua profissão, tendo prestado incomparáveis serviços à comunidade goianinhense.
Múcio Cabral Barbalho (1953/1992) – vereador, agropecuarista e grande defensor de Goianinha, sua amada terra.
Danilo Barbalho Simonetti (1921/2005) – desembargador, governador interino do Estado do RN e Presidente do Tribunal de Justiça do RN.
João Primênio Barbalho Simonetti (1929/1994) – juiz de Direito. Conhecido pela grande facilidade em fazer amigos.
Marcelo Barbalho Simonetti (1945/2001) – odontólogo, secretário de saúde de Goianinha, na gestão de Rubens de Andrade Lisboa.
Wilson Galvão de Freitas (1918/1993) – comerciante no ramo farmacêutico e grande estudioso da medicina curativa; sempre pronto a aplicar seus conhecimentos para ajudar a todos que o procuravam.
Maria Simonetti Gadelha Grillo (1920/2004) – educadora, escritora e entusiasta pesquisadora das raízes familiares de Goianinha.
Maria de Lourdes de Oliveira (Dona Mariquinha) (1923/1993) – professora primária responsável pela alfabetização de várias gerações.
Maria Diva Barbalho (1916/2001) – professora e diretora, por vários anos, do grupo escolar Moreira Brandão.
Alaíde Barbalho Grilo (1915/1972) – a mais bondosa e terna criatura que conheci.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

DIÁRIO DO PARÁ - 06 de julho de 2008


GENEALOGIA DOS TRONCOS FAMILIÁERES DE GOIANINHA-RN


GENEALOGIA DOS TRONCOS FAMILIÁERES DE GOIANINHA-RN


Gostaria de convidar a todos os amigos e os "parentes" descendentes dos troncos familiares REVOREDO, GRILO, BARBALHO, SIMONETTI, VILLA, ISBOA, FAGUNDES E MARINHO, para o lançamento do livre de minha autoria "GENEALOGIA DOS TRONCOS FAMILIÁRES DE GOIANINHA/RN" no dia 7 de agosto de 2008 na casa de recepções BOULEVARD. Haverá um coquetel para os presentes e a entrada é franca. Pedimos, entretanto, a colaboração espontânea de um quilo de alimento não perecível que será doado a instituições de caridade. Nessa noite haverá a apresentação do Coral dos meninos carentes de Goianinha/RN juntamente com a orquestra de cordas. Tenho certeza que será uma noite inesquecível. Teremos a oportunidade de conhecer muitos parentes inclusive pessoas de nosso relacionamento que nunca imáginávamos possuir laços familiáres.
Abraço a todos,
Ormuz.

domingo, 6 de julho de 2008

POSFÁCIOS

À Genealogia dos troncos familiares de Goianinha-RN,
de Ormuz Barbalho Simonetti.


O levantamento de dados genealógicos sempre se apresentou como um dos trabalhos mais intrincados, de difícil e complicada elaboração, mas de grande satisfação quando, finalmente, começam a aparecer os primeiros resultados, ordenação de nomes, ligações pacientes e determinadas, para o salvamento de dados contidos em velhos manuscritos, documentos oficiais ou informações orais. É a reconstrução de um passado, para a formação de cadinhos de troncos familiares.
No Brasil, conheço poucos estudiosos na área da Genealogia e no Rio Grande do Norte, menos ainda. Talvez o mais famoso, a nível nacional, senão o mais consultado, seja o Catálogo genealógico das principais famílias, da autoria do Frei Antônio de Santa Maria Jaboatão; e a nível regional, a Nobiliarchia Pernambucana, em 4 volumes, de Antônio José Vitoriano Borges da Fonseca, em nova edição graças aos esforços do mecenas potiguar, o mossoroense Vingt-un Rosado.
Dos registros familiares publicados no Rio Grande do Norte, posso destacar os seguintes: Notas genealógicas da família Fagundes no Rio Grande do Norte, de Emydio Fernandes da Rocha Fagundes, 1932; Dados genealógicos de um ramo da família VASCONCELOS no Rio Grande do Norte, de Guiomar de Vasconcelos, 1952; A família do Padre Miguelinho, de Luís da Câmara Cascudo, 1960; Família Wanderley – História e Genealogia, de Walter Wanderley, 1966; Na trilha do passado: Genealogia da família Gurgel, de Aldysio Gurgel do Amaral, 1987; Genealogia da família Bezerra de 1526 a 1988, do Monsenhor Severino Bezerra, 1990; Carneiros, Fernandes, Oliveiras, Praxedes, Pimentas, Pintos & Cia – Genealogia, de Protásio Gurgel, 1991 e 2002; Os Fernandes de Souza – Genealogia e outros registros, de Arnaldo Fernandes de Souza, 1997; Família Ribeiro Dantas de São José Mipibu, de Carlos Alberto Dantas Moura, s/d; Genealogia do casal Francisco Obery Rodrigues e Brasília Fernandes Rodrigues, de Francisco Obery Rodrigues, 2000; A família Maranhão: do Cunhaú a Matary, de Paulo Frederico Lobo Maranhão, 2001; Bravos sertanejos do Seridó: famílias de Portugal e do Brasil – Os Dantas Corrêa e os Ribeiro Dantas, de Paulo M. Assis Brasil, 2002; Famílias Azevedo, Dantas, Medeiros e Rocha no Rio Grande do Norte, de Aluísio de Azevedo, 2002; Câmaras e Miranda-Henriques: Genealogia (Câmaras – Miranda – Henriques) – Estudo genealógico, de Adauto Miranda Raposo da Câmara, 2006; e, finalmente, Servatis ex more servandis, de João Felipe da Trindade, 2007.
Neste ano, ampliando o leque de levantamentos genealógicos em terras potiguares, vem à luz Genealogia dos troncos familiares de Goianinha–RN, da autoria de Ormuz Barbalho Simonetti. Um trabalho de fôlego; uma pesquisa organizada através aos velhos livros existentes no Arquivo da Cúria Metropolitana, na Biblioteca Pública Câmara Cascudo, na Biblioteca particular do jornalista Vicente Serejo e no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte; percorrendo, também, as igrejas e os cemitérios de Goianinha, Canguaretama, Vila Flor, Barra do Cunhaú, além da Igreja dos Mórmons e, sobretudo, perscrutando a memória viva dos seus familiares de conterrâneos.
Ormuz iniciou a sua grandiosa obra, prestando uma justa homenagem aos goianienses “pouco lembrados”, explicando o porquê da elaboração do trabalho e apresentando informações sobre a cidade de Goianinha, além de transcrever duas crônicas escritas por Luís da Câmara Cascudo, os “brasões” das famílias e as informações históricas sobre o nome de cada família, e concluindo a obra com o levantamento genealógico em traços verticais que se fecham para determinar o último descendente do casal.
Se a pesquisadora Maria Simonetti Gadelha Grillo (1920-2004), em seu livro Goianinha no contexto histórico da Província (1998), relatou a história de Goianinha, Ormuz Barbalho Simonetti, a partir do livro Goianinha, ainda inédito, do Dr. Hélio Mamede Galvão (1916-1981), procurou redistribuir a memória, partilhando a saudade de nomes e sobrenomes dos seus mais remotos antepassados, legados de famílias que povoaram as terras goianienses, desde meados do século XVIII, aos que se orgulham, no tempo e no espaço, de todos e quaisquer elementos constituintes do seu passado e contribuintes para a formação de cada momento genealógico.
O autor tem descendência no português, Antonio José da Costa Barbalho e no italiano Giovanni Baptista Simonetti. O primeiro casado com Maria Germana Freire do Revoredo, filha de Bento Freire do Revoredo e Mônica, e o segundo, com Gertrudes Guilhermina, filha do português Antônio José da Costa Barbalho e Maria Germana Freire do Revoredo, com origem no casal Diogo Marques do Revoredo e Ignácia Carneiro, pais de Bento Freire do Revoredo.
Ormuz saiu à caça; e partindo do casal Diogo Revoredo/ Ignácia Carneiro, não tentou elaborar apenas o levantamento da genealogia ou da memória familiar dos seus antepassados que originaram as famílias de Goianinha, mas prestar um grande serviço à memória do Estado, ao resgatar, registrando, nomes das oito principais famílias goianienses: Revoredo, Grillo, Barbalho, Simonetti, Villa, Fagundes, Marinho, Lisboa.
A memória remota de Goianinha não mais jaz nas lápides tumulares, em igrejas e cemitérios, nem a memória oral poderá mais sofrer modificações com o decorrer do tempo – algo natural pelo distanciamento dos fatos, pois, a partir da obra de Ormuz Barbalho Simonetti, tais memórias, ressurgidas, ordenadas, concatenadas, passam a pulsar nas veias das recordações, fazendo lembrar os dias idos e vividos de antepassados, os formadores dos seus troncos familiares que, em registros, não mais poderão permanecer “mortos”, mas sim em memória viva e exemplar.

Francisco Fernandes Marinho, escritor.
Paranavaí, abril de 2008.


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Gentes da Goianinha

Meu pai, isto é o mar?
– Não, isto é um canavial!
(Zila Mamede)

Em terras potiguares, a produção açucareira teve seu auge na região chamada Goianinha, nome dado devido à semelhança topográfica das suas férteis várzeas com a Goiana de Pernambuco, também canavieira, donde provinham os fundadores dos seus primeiros bangüês; isso ainda nos idos dos 1600, não atingidos por este estudo. Aqui, da Barra do Cunhaú à do Maxaranguape, a civilização da cana-de-açúcar, cuja sociologia bem descreveu Gilberto Freire, floresceu e prevaleceu até o primeiro terço do século passado. E, ainda hoje, apesar da perdida hegemonia dos engenhos, ainda permanece seu legado histórico, cultural e etnológico.
Diversamente da civilização do couro, mais rústica e telúrica, instalada pelo ciclo do gado nos sertões nordestinos, a sociedade canavieira caracterizava-se pelo maior refinamento dos costumes, condicionado por maior relação cultural com a corte portuguesa e outros centros europeus, resultado do intercâmbio dos bens de consumo. Com a maquinaria dos engenhos, além dos técnicos, vinham as técnicas, seus implementos e acessórios; voltavam os bacharéis, do Rio de Janeiro ou de Coimbra, trazendo novos saberes, novos costumes e modismos. Tais condições formaram um mercado comprador de nível aristocrático, com gosto e poder aquisitivo para produtos relativamente sofisticados. Nesse meio, escravos, artesãos, mestres-de-açúcar, professores, mascates e até eventuais aventureiros de várias nações chegavam e ficavam; assim também contribuindo para a formação étnica e comportamental do litoral agrícola, mais notavelmente que do interior pecuarista. Sendo criado entre o vale do Ceará-Mirim e o sertão do Cabugi, bem constatei as fortes diferenças ditadas por realidades tão distintas.
É num ambiente humano moldado por essas influências, que Ormuz Barbalho Simonetti, canavialense puro de origem, realiza seu admirável estudo genealógico; certamente um dos mais sérios e extensos já realizados nestas beiras do Rio Grande. Esperamos que, em breve, vistos pelos órgãos competentes, estudos similares, abrangendo famílias de outras regiões potiguares, sejam encorajados e concretizados; pelo belo e pelo bem da ciência genealógica, tão “carecente” ao nosso povo de tão esgarçada e esquecida memória.
Parabéns ao querido autor e amigo, pela pertinência da iniciativa.

Bartolomeu Correia de Melo, escritor.
Natal, maio de 2008.


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Ormuz e sua genelogia


Sou vizinho, no edifício em que moramos, de Ormuz Barbalho Simonetti. Esta condição – de o ter, com os de sua maravilhosa família, como vizinho – conferiu-me o privilégio de conhecer antes de muita gente, um seu excepcional trabalho, constituindo, sem a menor dúvida, uma magnífica obra no seu gênero.
Ormuz vem concluir um estudo genealógico dos “Troncos familiares de Goianinha”- RN”, na verdade, um trabalho que impressiona pela riqueza de seus dados, pela tenacidade e perseverança de quem o produziu, pela profundidade de sua pesquisa, enfim, pela obstinação de quem o assumiu.
Genealogia, como está grafado em nossos dicionários, dentre outros conceitos, é o “estudo que tem por objetivo estabelecer a origem de um indivíduo ou de uma única família”. Então, a Ormuz não bastou ir às origens de um indivíduo, mas às de cerca de onze mil indivíduos e de oito famílias cujas raízes mais resistentes estão firmadas no, sempre florescente, Município de Goianinha.
É simplesmente surpreendente a disposição de Ormuz de ir fundo na composição dessas famílias que, não apenas começaram a escrever a história de sua gente, como se espalharam por este país de dimensões gigantescas. Assim, revestido da curiosidade natural de quem não se acomoda com o presente, mas quer conhecer um pouco do passado, por mais distante que se encontre, fui projetando o desfilar das famílias, a partir de Goianinha: “Revoredo”, fundada por Diogo Marques de Revoredo; “Grillo”, semeada pelo lusitano Ignácio Antônio Grillo; “Barbalho”, numa descendência do português Brás Barbalho Feyo”; “Simonetti”, proveniente do italiano Giovanni Baptista Simonetti; “Villa” iniciada, com o também italiano Pietro Nicolau Villa; “Fagundes”, com sua origem credita ao cavaleiro lusitano Gil Fernandes Fagundes; “Marinho”, segmento de Vasco Marinho Falcão, português da província do Minho; e “Lisboa” que teve em João de Oliveira o seu mais antigo membro.
Essa vertente de Ormuz, que deve ter surgido do seu carinho pelas gerações de ontem, merece as atenções de quantos terão, sem dúvida, o prazer de experimentar a sua beleza retratada em figuras que, direta ou indiretamente, pelos seus descendentes, viveram entre nós e participaram da vida de uma terra que cresceu pela força-trabalho e pela abnegação de seus filhos.
A obra de Ormuz Barbalho Simonetti precisa ser lida premiando, sem qualquer favor, a sua capacidade de procurar, de indagar, de consultar, de buscar a origem das famílias que construíram, não uma árvore genealógica, tão habitualmente exposta à admiração de alguns poucos, mas uma verdadeira floresta de árvores genealógicas, pelos largos limites de sua descendência. Se outros seguissem pelos caminhos por ele cruzados, ávidos de conhecimento, talvez outras famílias se sentissem gratificadas vendo-se nas suas origens, pouco conhecidas à míngua de um trabalho como o produzido, e lançado por Ormuz.


Eider Furtado, advogado.
Natal, abril de 2008.

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O túnel do tempo

“Sou feito de muitas raças e várias condições sociais. Em todo canto há um pouco de meu lar, e em todos um pouco de mim”


(Paulo Bomfim, “Navegantes”)

Um dos meus programas de televisão favoritos, nas décadas de setenta/oitenta, mostrava personagens viajando em séculos diversos, vivendo existências das mais variadas e exóticas, segundo condições específicas de épocas diferenciadas, escolhidas aleatoriamente por máquina inventada por eles, mas rebelde à sua direção quantitativa e qualificativa.
Assim me senti, arrebatada e pousando em local desconhecido, quando Ormuz Barbalho Simonetti desdobrou panorâmica fascinante de ascendentes, em períodos, redescobrindo árvore, tronco, galhos genealógicos.
Quais as reais origens? De onde procedemos? Qual a proveniência?
Se o tempo – segundo a Física Quântica – existe meramente de acordo com nossas experiências e memórias, se cada vida obedece à ótica pessoal, é de suma importância conhecer nosso passado, a fim de avaliar o presente e descortinar alicerces da ponte que une ao futuro.
Definindo o amor, o poeta Paulo Bomfim, da Academia Paulista de Letras, reza: “Amor é o colar dos minutos coloridos que passamos juntos”.
Norberto Bobbio, no livro De Senectute, argumenta que:

Somos aquilo que pensamos, amamos, realizamos e, especialmente, aquilo que lembramos, na velhice. Além dos afetos que alimentamos, a nossa riqueza são os pensamentos que pensamos, as ações que cumprimos, as lembranças que conservamos e não deixamos apagar e das quais somos o único guardião. O relembrar é uma atividade salutar, e quando percorremos os lugares da memória, os mortos revivem, pois não desaparecem da mente. A melancolia é suavizada pela constância dos fatos que o tempo não consumiu.

Questiono, então, será que o desfile do passado espera apenas um feiticeiro que possa desencantá-lo?
E nossas partidas e chegadas indefinidas dependerão de um decifrador de enigmas e incógnitas?
Sei que outras gerações virão caminhando sobre nossos passos, sentindo emoções que outrora nos avassalaram... Mas é urgente que organizemos um dicionário de lembranças, editemos volume das nossas essências.
Considero genealogia uma explicação coerente da passagem pela terra.
Meu pai, Luís da Câmara Cascudo, na sua sabedoria, escreveu que “é impossível o orgulho, quando a história dos arquivos resume-se em poucas páginas amarelas, normalmente com duas datas: vida e morte”.
Tive a sorte de herdar a simplicidade e carinho com meus semelhantes, e até certa indiferença quanto aos invejosos ou inimigos gratuitos. Mas felizmente fui aquinhoada com sadio entusiasmo em relação ao trabalho, às descobertas, às pesquisas.
Ormuz serviu-se de documentos como passaportes de referências antigas, descobrindo tesouros que concretizam horas atuais. Seu material de construção é o cimento do passado, hoje edifício concreto com nossa paisagem íntima apresentado com impressionante riqueza e meticulosidade.
Saboreio a certeza de possuir tradição familiar. Tenho parentesco plural e encantador. Herdamos a fórmula mágica de sobrevivência nos trópicos, e vastíssimo arsenal de técnicas. Testemunho de um povo com motivação para a busca e vitória. Navego na intricada máquina do tempo, deixando vagar pensamentos e regredindo no espaço geográfico. E, finalmente, objetivo que encontro no solo a certeza de que venho de muito longe.
Somatório de vidas, fico com a segurança de atracar no porto seguro, entrando na dimensão humana.
Parabéns, Ormuz, pela reunião de reflexos passados, filtrados pela sinalização semelhante, perpetuando viagens do mesmo sonho...

Anna Maria Cascudo Barreto, escritora e acadêmica.
Natal, abril de 2008.


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Ormuz Barbalho Simonetti e as famílias de Goianinha


Ormuz Barbalho Simonetti, dos troncos familiares de Goianinha – berço de grandes figuras da História do nosso Estado; viveu toda a vida voltado para os números, mas agora, bancário aposentado, surge com um imenso trabalho que enfoca a área da Genealogia. Trata-se de uma pesquisa de fôlego. Um trabalho semelhante aos de antigos pesquisadores; do qual as figuras parecem saltar através dos sobrenomes para a formação da História de Goianinha. A Goianinha que mereceu do nosso grande mestre, nosso historiador maior: o imortal Luís da Câmara Cascudo, duas Actas Diurnas, publicadas no jornal A República, em 7 de agosto de 1940 e 27 de novembro de 1959.
Com efeito, já em 1940, Câmara Cascudo afirmava:

“É uma injustiça e um esquecimento ao tradicional e glorioso município. Nenhum, dos quarenta e dois, o supera em episódios vivos de heroísmo, em prodigalidade de dedicação, em abundância de valores altíssimos.[...]Pobre e pequeno, Goianinha expõe uma linda galeria de figuras ilustres, inseparáveis e orgulhadoras, do nosso patrimônio intelectual”.

E, ainda, o genealogista Ormuz Barbalho Simonetti, além de apresentar um leque de ilustres filhos do Município, partindo do político José Moreira Brandão Castelo Branco, dos juristas Basílio Quaresma Torreão Júnior, Enéas de Araújo Torreão, do professor João Tibúrcio da Cunha Pinheiro, entre outros, iniciou um esboço genealógico, fazendo referência às famílias da dinastia dos “Jundiás”:

Genealogicamente, os Freire dos Revoredos, Barbalhos, Fagundes, Simonettis, Grillos, se entroncam, determinando a dinastia dos “Jundiás” cujo sangue corre em mil veias, desse cerne robusto, do Capitão-mor Bento Freire do Revoredo e Mônica da Rocha Bezerra, os Fernandes Barros, Quaresma Torreão, Ferreira da Silva, Grillos, Costas Barbalho, Silva Leitão, Simonettis, dando Nísia Floresta, cruzando-se com os Carrilho do Rego Barros, Raposos da Câmara, Souza e Oliveira, tendo o Padre Mororó, o Senador Tomaz Pompeu de Souza Brasil (Ceará), os Onofres de D’Andrade como parentes, ramos da mesma árvore. (Simonetti apud Cascudo)

Como se vê, em seu trabalho, o autor soube abordar, não apenas a evolução dessa árvore genealógica, mas, também, os caminhos percorridos nos entrelaçamentos das famílias, personagens e partícipes dos costumes, do desenvolvimento, das glórias, das estórias, da História, das pretensões legítimas dos goianinhenses, os quais, a partir de agora, estão conservados para a posteridade.
Elaborando um trabalho de pesquisa para os estudiosos e genealogistas, além de despertar nos que vivem o amor aos seus antepassados, não mais adormecidos na memória, Ormuz fez com que surgisse e se reafirmasse, em relevo e em inteligência, na razão individual de cada elemento familiar, a genealogia do seu povo, contemplada na velhice do tempo, nos mais diversos ângulos evolutivos das principais famílias de Goianinha, partindo dos Revoredo, passando pela família Grillo, Barbalho, Simonetti, Villa, Fagundes, Marinho e Lisboa. Procurou vir em uma evolução no tempo, chegando a catalogar mais de 12 mil indivíduos para a eternização do próprio tempo.
Aliás, sobre a Genealogia dos Troncos Familiares de Goianinha-RN, de autoria de Ormuz Barbalho Simonetti, o Professor Francisco Fernandes Marinho destaca, em alto e bom som:

A memória remota de Goianinha não mais jaz nas lápides tumulares, em igrejas e cemitérios, nem a memória oral poderá mais sofrer modificações com o decorrer do tempo, algo natural pelo distanciamento dos fatos, pois, a partir da obra de Ormuz Barbalho Simonetti, tais memórias, ressurgidas, ordenadas, concatenadas, passam a pulsar nas veias das recordações, fazendo lembrar os dias idos e vividos de antepassados, os formadores dos seus troncos familiares que, em registros, não mais poderão permanecer mortos, mas, sim, em memória viva e exemplar.

Em verdade, a partir da visão de Câmara Cascudo, do levantamento elaborado pelo jurista Hélio Galvão, sob o título Goianinha e ainda inédito, e por este Genealogia dos Troncos Familiares de Goianinha-RN, de Ormuz Barbalho Simonetti, Goianinha pode se orgulhar de ter suas memórias genealógicas, como diz o Professor Marinho, “ressurgidas, ordenadas, concatenadas”. E ao lado de obras como Moreira Brandão (1959), de José Moreira Brandão Castelo Branco; Goianinha no contexto histórico da província (1998), da professora confreira Maria Simonetti Gadelha Grilo; e Verdes campos, verdes vales (2004), da professora Eulália Duarte Barros, bem pôde o autor ficar envaidecido, legando ao presente e ao porvir uma pesquisa de grande valia, incorporando-se nas páginas da História, que é eterna.


Enélio Lima Petrovich, Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do RN.
Natal, maio de 2008.

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Uma história humana


Três clássicos da pesquisa genealógica brasileira são referenciais para os estudos genealógicos no Brasil: Nobiliarquia paulista – História e genealogia, de Pedro Taques de Almeida Paes Leme; Catálogo genealógico das principais famílias, de Frei Antônio de Santa Maria Jaboatão; e, talvez a mais célebre para os nordestinos, a Nobiliarquia pernambucana, de Antônio José Victoriano Borges da Fonseca. Juntas, e pela relevância dos seus grandes acervos, formam a grande gênese brasileira desse estudo nascido da curiosidade humana que atravessou todas as culturas, antigas e contemporâneas, para se fixar como saber universal.
Esta Genealogia dos troncos familiares de Goianinha, de Ormuz Barbalho Simonetti, é bem nascida. Vem das águas nobres de uma velha ciência que busca nas tramas dos troncos familiares as linhas que formam a composição dos retratos das famílias que ao longo dos séculos teceram, fio a fio, nome a nome, a história humana de cada grupamento.
Basta lembrar as boas companhias de Ormuz nessa jornada. De Hélio Galvão a Câmara Cascudo. E projetar, na dimensão do tempo, os passos de uma longa caminhada que se fez a cada descoberta. Recompondo, instante a instante, mais um rosto para o grande mural humano que, ao final, seu autor entrega ao Rio Grande do Norte. Não como um bem de família. No caso, da Família Barbalho Simonetti. Mas também do Estado, pelas presenças de perto e de longe, de ontem e de hoje, contemporâneas ou perdidas na noite dos tempos.
Tudo começou num alpendre, na brisa mansa do mar de Pipa, quase por acaso, numa conversa que apenas assuntava lembranças, para repetir a expressão lírica de Ormuz, se é preciso demarcar um início. O que há de moderno no seu trabalho é o computador, e o avançado programa desenvolvido pelos Mórmons para a pesquisa genealógica, e hoje adotado em todo mundo. Mas, como sonho, é o mesmo e velho sonho da procura e da descoberta de um passado que parecia adormecido para sempre nos livros de batismo das sacristias; nos assentamentos dos cartórios; nas cômodas de família; e nas gavetas das lembranças dos mais velhos que ainda guardavam em algum lugar da alma as pequenas raízes de sua humanidade.
Ormuz presta um serviço não apenas a cada um dos integrantes do universo familiar pesquisado, e por acaso a quem desejar conhecer, mas principalmente à história da pesquisa genealógica no Rio Grande do Norte e que ainda vai precisar de longos anos para formar o grande acervo genealógico que agora Ormuz Barbalho Simonetti enriquece e consagra.
Minucioso na formatação exata da pesquisa, contextualizou o espaço, o tempo e as pessoas, tudo a partir do município de Goianinha, mas fazendo constar todos os troncos, descendências e ramificações, no Brasil e no exterior. Fixou a grande história humana, feita de milhares de retratos – reais ou imaginados, mas cada um no seu lugar e no seu tempo. E formando um grande mural que os historiadores da pesquisa genealógica irão consagrar no futuro como um exemplo a ser seguido pelas gerações que virão.
A pesquisa de Ormuz vence os limites da família Barbalho Simonetti e todas as fronteiras de Goianinha para se projetar como um monumento de amor às suas raízes. E aos que, no passado, começaram a escrever essa história que hoje está diante dos nossos olhos e se projeta nos olhos do seu neto, agora herdeiro de uma tradição que o avô perpetuou.


Vicente Serejo, jornalista.
Natal, maio de 2008.

PREÁCIO

É hora de darmos férias à imaginação para abrigarmos a memória. Ter ciência de que o passado sabe esperar até o momento de ser restituído, por sua importância social, por um escritor, pesquisador dos ramos familiares antigos e ilustres.
Ormuz cumpre o destino de ser ilha. Não insulado no estreito marítimo do Irã, nas águas azuis do Golfo Pérsico. Ilha nos estudos da genealogia potiguar, na busca incansada e eficiente da genealogia aristocrática de Goianinha em nosso Rio Grande. O que ele registra é a alma do tempo, a qual está configurada neste livro, que apresenta um levantamento sistemático de árvores das famílias, estudo de parentesco, fornece densos subsídios para a antropologia, sociologia, economia de uma região, para uma história das origens.
O trabalho maior é a reconstrução da memória, livrá-la de hiatos e lacunas, identificar descendentes e ascendentes, riqueza dos velhos troncos, sua evolução e disseminação, com expressivo relacionamento interfamiliar.
Sei que o leitor vai buscar a sua identidade nas fontes e sentir-se recompensado na busca. Tanto quanto eu que encontrei meu neto Lucas, filho de José Augusto Vale, neto de Cleide e Joir Vale dos Santos.
Livros de linhagem também nos conferem o sentimento de que seremos antepassados. Mais que isto: é o entendimento de que o passado continua.
Este é um trabalho que exige paciência, vontade indormida de pesquisar, energia e emoção. Anotar e tornar definitivo, na história, as sombras que tiveram nomes, a exata localização na arquitetura familiar.
O que o leitor consulente vai encontrar é um legado de cultura, nomes e sobrenomes que advêm do Renascimento, das raízes humanas notadamente portuguesas.
O nosso mestre maior, Luís da Câmara Cascudo, com seu olho de cientista social, já notara a importância da cidade de Goianinha, de seus valores aristocráticos e endogâmicos. A sua curiosidade científica estava a indicar nascimento de estudiosos sobre o tema que ora é posto em relevo.
Foi muito trabalho de Ormuz Barbalho Simonetti para registrar a grande genealogia dos seus próximos munícipes. O desejo de fazer foi o seu rei:

Mandas-me, ó Rei, que conte declarando
De minha gente a grão genealogia;
Não me mandas contar estranha história,
Mas mandas-me louvar dos meus a glória.

O que Camões pôs na boca de Vasco da Gama na imortalidade de Os Lusíadas aqui está feito. Para a glória do autor e dos por ele lembrados.
Diógenes da Cunha Lima, Presidente da Academia Norte Riograndense de Letras.

Jornal de Hoje 24 de maio de 2008


Jornal de Hoje 21 e 22 de junho 2008


DIÁRIO DO PARÁ - 15.05.2008


DIÁRIO DE NATAL 08.05.2008


Jornal TRIBUNA DO NORTE - 08.03.2008


Jornal TRIBUNA DO NORTE - 08.03.2008


Jornal de Hoje 18.04.2008


Tribuna do Norte 16/12/2007